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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Blade Runner 2049 - Arte para apreciar


Logo após sair da sessão de Blade Runner 2049, sequência do Cult Movie de 1982, falei pra minha esposa. - O preço das entradas deveriam ser diferenciados para alguns filmes. Este é um caso de uma brincadeira com um fundo de verdade, pois assistimos tanta coisa feita a toque de caixa e você se depara com um filme tão bem concebido como este, vamos lá.

Ryan Gosling curtindo o visual
Mais uma vez o jovem diretor canadense Denis Villeneve vem colocando os seus filmes no hall da fama. Depois do seu último, "A Chegada", ele nos surpreende com esse novo triunfo. Cada detalhe, fotografia, música, interpretação, os objetos em cena, tudo é encaixado perfeitamente, nada é por acaso. Realmente de uma qualidade excepcional. Falar muito sobre a trama é estragar a experiência. 

experiências de neon
A trama segue a sequência do original 35 anos depois, quando a Tyrell Corporation, que criava os androides, foi comprada por Niander Wallace (Jared Leto), que está melhorando suas criações para assumir os trabalhos humanos e por outro lado, os antigos modelos são caçados pelos Blade Runners. K (Ryan Gosling) é o Blade Runner, apresentado logo no início, como o próprio Deckard (Harrison Ford), na primeira versão. 

K, é um ser apático, conformado com sua condição de servo a serviço da polícia. Sua vida e restrita a sua difícil interação no trabalho e seu relacionamento com Joi (Ana de Armas) - uma das melhores sacadas do filme. E assim ele segue buscando respostas naquele mesmo cenário que as previsões nem sempre acertam, de um futuro decadente, com carros voadores, uma chuva constante, prédios imensos e painéis de neon.

em busca de respostas

A relação entre os humanos e replicantes está dividida por um muro que revela preconceito e escravidão. A forma de agir destas duas espécies são confrontadas e cabe a cada um eleger o correto. Um filme envolto de questões filosóficas acerca da alma, da vida, questões ambientais e sociais, individualidade e amor.

Um filme que referencia o original, mas que não deixa de seguir seus próprios passos e trilhar o seu caminho para o futuro. Blade Runner 2049 nos mostra uma nova sociedade, segregada e preconceituosa, com seres humanos de alma e androides cada vez mais evoluídos. Mas como diria a famosa frase da franquia: "Androides mais humanos que humanos".

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

"Um Instante de Amor" e "Frantz" - Dobradinha francesa

Estes dois filmes foram exibidos no último festival de cinema francês que ocorreu em todo Brasil no mês passado. Assistir ao primeiro no próprio evento e o segundo já em casa. Além de bons filmes ambos suscitam ótimas surpresas.

Um Instante de Amor - Uma mulher em busca de um amor


Começando com "Um Instante de Amor", que têm como protagonistas a atriz francesa do momento, Marion Cotillard ("A Origem", "Dois Dias, Duas Noites" e "Contágio") e a jovem revelação, Louis Garrel ("Os Sonhadores" e "Dois Amigos"). Marion é Gabrielle uma mulher acima da sua época que vive em uma propriedade rural nos anos 50. Ela é convencida que é melhor optar por um casamento fadado ao fracasso a ser internada por seus pais, que enxergam nela uma pessoa problemática e desconexa dos aspectos culturais da época. Em certo momento Gabrielle parte para um tratamento médico em um spa nas montanhas e lá conhece um militar (Garrel), onde passa a viver o amor que tanto era reprimido. Mas no meio desta simples premissa existem vários cenários que engrandecem o filme: o seu relacionamento com a família após o casamento, a ascensão profissional do seu marido e todo o tempo que ela fica internada. Uma lição de que o amor pode vir do tempo ou de pequenos gestos que se engrandecem quando atingem quem realmente buscou durante a vida.


Frantz - Retratos de uma guerra
O segundo é Frantz. Para seguir a linha do primeiro cito alguns filmes dos protagonistas principais, dois ótimos jovens atores que carregam a história. Paula Beer é alemã e eu não conhecia nenhum outro filme dela. Mas a sua beleza destacada no preto e branco é um deleite. Já Pierre Niney é francês eu já tinha visto no suspense ótimo "O Homem Ideal".

Bem, vamos a história. Logo no início, Anna (Paula Beer), vai ao cemitério colocar flores no túmulo do seu noivo, morto na primeira guerra. Porém, quando ela está saindo presencia um jovem francês indo para o mesmo túmulo rezar. A partir daí a curiosidade de quem será esta pessoa e o que ela sabe sobre o seu noivo. Anna é Alemã e nesta batalha lutaram contra com os franceses que estão diretamente ligados para a sua tragédia familiar. Adrien (Pierre Niney) se aproxima de Anna e da família arrasada pela morte de seu único filho jovem, na guerra, mesmo sob os olhares desconfiados dos alemães que ainda carregam a mágoa com a França, sua algoz.

Diferente da maioria dos filmes, este mostra a realidade da Alemanha no pós-guerra, e do sofrimento das pessoas que faziam parte desta nação que ficou marcada como vilã. Uma pequena cidade, triste, cheia de cicatrizes da guerra onde pais lamentam terem encorajados seus filhos a ir. Uma geração inteira de jovens que foi dizimada, junto com as suas alegrias e sonhos. Interessante como o filme mostra o lado dos países, antes da guerra unidos e agora separados pelas mortes dos seus entes. Como pode uma guerra colocar jovens desconhecidos para atirar entre si de forma tão brutal? 
Assistam, é um ótimo filme com bastantes reviravoltas que vale tanto pela história de amor quanto pelo relato histórico deste evento que marcou negativamente uma época.



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Armas na Mesa - O fim justifica os meios



Armas na Mesa

Lobista - Pessoa que tenta influenciar legisladores ou oficias públicos para votar ou atuar em favor de interesse especiais. É sobre estas pessoas que "Armas na Mesa" trata neste ótimo thriller político com toque de espionagem. É verdade que o filme começa "carregado", com diálogos rápidos onde ficamos sem entender quase nada, mas não desistam. A história vai ganhando força, com grande influência da personagem principal, é verdade. 
Jessica Chastain é Elizabeth Sloane,uma das lobistas mais poderosas dos Estados Unidos, conhecida por usar uma série de estratégias ilegais para atingir os seus objetivos. Trabalhando em prol de conseguir leis mais rígidas para o porte de armas, Sloane começa a sofrer um série de ameaças pessoais e profissionais, e começa a questionar os seus limites dentro desta profissão.
Todos sabemos como esta polarização sobre o controle de armas nos Estados Unidos é grande, mas este não é o cerne do filme. A manipulação de votos, influência e chantagem são como peças de um jogo de xadrez nesta disputa onde está em jogo o futuro de uma nação. Elizabeth Sloane, numa atuação magistral de Jessica Chastain, é como um trator sem freios, não muda o discurso por ninguém. Sua ambição e vontade de vencer a qualquer custo, são o combustível do filme. 
Pois, aguentem o início, desfrutem da trama e se segurem na cadeira para o final deste ótimo filme. Sim, e antes de encerrar, digo que qualquer relacionamento do filme com o que está ocorrendo no nosso Brasil é mera semelhança dos fatos.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Jason Segel - Um ator diferente


Acho que só assistir a praticamente 3 filmes de Jason Segel, por sinal ótimos filmes que vou citar aqui. O problema é que quando fui ver sua filmografia fiquei surpreso com a quantidade de filmes de qualidade duvidosa (eu não arrisquei, rs). 

O filme A Descoberta (The Discovery) esperando ser descoberto

O mais recente que assistir foi "The Discovery", uma produção NETFLIX, que fala de um tema bem polêmico no momento, o suicídio. A resposta da questão que segue o ser humiano por anos pode ter sido solucionada, o que existe no pós-morte? Cercado de mistério, o filho (Jason Segel) do guru (Robert Redford) da grande descoberta parte para uma jornada que vai de encontro com todo seu ceticismo. Na sua companhia a misteriosa garota que ele conhece por acaso (Rooney Mara).

O Fim da Turnê - confronto de palavras

O segundo é o pouco conhecido "A Fim da Turnê". Impressionante como excelentes filmes ficam "escondidos" e terminam alcançando poucas pessoas, bem, é para isso que estou aqui, certo! Neste Jason Segel é um cultuado escritor que parte para os últimos 5 dias de divulgação do seu best-seller acompanhado de um repórter da revista Rolling Stone (Jesse Eisenberg). Baseado em uma história verídica, pois o livro premiado realmente existe. O embate sobre mulheres, sucesso e solidão dão o tom. Um ávido pelo sucesso e o outro com problemas de socialização. Filme tocante com mensagens notáveis que no final da sessão gerarão boas conversas.

de
Jeff e as Armações do Destino - para onde ir?

E por último "Jeff e as Armações do Destino", mais uma grande surpresa. Não se deixe enganar pela capa bobona, pois o conteúdo é de qualidade. Neste Jeff (Jason Segel) é um preguiçoso de 30 ano que ainda mora no porão da casa da sua mãe. Fica na espera por sinais do universo que mostrem o que deve fazer da sua vida. Certo dia, ele decide ajudar seu irmão que suspeita que a esposa o está traindo, e a partir daí os fatos aparecem. Daí vemos que às vezes uma sucessão de situações improváveis pode nos levar ao que mais almejamos...a paz.


sexta-feira, 7 de abril de 2017

Invasão coreana

Filmes da Coreia do Sul são surpresas para mim. Em uma rápida lembrança cito somente "Old Boy" de 2003. Mas nos últimos dias me deparei com dois bons filmes. Ambos de temas bem diferentes: enquanto um flerta com o suspense e a sexualidade o outro envereda pela ficção, na ameaça zumbi.

A Criada - não confie em ninguém desta turma. 

A Criada (The Handmaiden) é um filme visualmente impecável, cada detalhe minunciosamente trabalhado, uma grande produção. Um plano diabólico para seduzir uma mulher rica e ingênua serve como motor inicial para este suspense erótico sobre trapaceiros, que no final quem se torna o mais enganado é o próprio espectador. Apesar de ter me admirado com a produção, faltou emoção em cenas cruciais, ou talvez um ritmo diferente em certos momentos. O filme parece seguir uma linha reta do início ao fim. Mas mesmo assim recomendo para observar um pouco mais da cultura oriental.

Invasão Zumbi - como é duro viajar na segunda classe.

Invasão Zumbi não tenho o que reclamar. Vocês poderiam pensar: mais um filme de Zumbi? Mas este é dos bons! O longa gira em torno de um pai workaholic divorciado que é convencido pela filha, que mora com ele,  a levá-la para passar um tempo com mãe. Daí eles pegam um trem, mas a viagem acaba sendo mais difícil do que se esperava. E até o final das suas 2 horas de duração nenhum protagonista terá vida fácil. Repleto de reviravoltas e com um excelente elenco, o longa tem tudo para se tornar referência dentre os fãs de zumbis. O diretor Yeon Sang-ho imprime suas características nas panorâmicas em câmera lenta, os planos posados e passando pelos cruciais planos-detalhes (imagens de mãos retesadas, olhos tensos, cabelos molhados, o choro da criança). Diversão garantida.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Achados do NETFLIX parte 4 - Filmes de Ação

Filmes de ação não faltam no NETFLIX, mas que tal assistir a um com qualidade! Seguem dicas de alguns filmes que se você gosta de suspense, ação e aventura, não deve perder.

Soldado anônimo

Soldado Anônimo: Gyllenhaal no tédio.

Swoff (Jake Gyllenhaal) é a terceira geração de sua família a servir ao exército. Ele passa pelo campo de treinamento antes de ser designado para lutar no Iraque. Estando em local que não entende, lutando contra um inimigo que não consegue ver e sem entender direito o porquê de estar ali, Swoff e seus companheiros de batalhão sobrevivem à adversidade local usando o humor negro e o sarcasmo. Filme com uma visão das guerras atuais, onde a tecnologia predomina e os soldados questionam seu real sentido de estar ali, muito bom.

Jogo de espiões

Jogo de espiões: uma dupla de peso.

 Nathan Muir (Robert Redford) é um agente da CIA que está prestes a se aposentar, até que descobre que Tom Bishop (Brad Pitt), seu protegido, foi preso por espionagem na China. Acostumado com o modo de funcionamento da CIA, Muir é convocado para resgatar Bishop de sua atual prisão. É quando, em meio ao embarque para mais uma missão, Muir relembra como ele recrutou e treinou Bishop, seus tempos turbulentos como agentes. Mesmo contando com atores de peso, não teve a badalação costumeira na época, pois trata-se de um filme mais intimista sobre espionagem. 

O último rei da Escócia

O último rei da Escócia: amizade perigosa

Nicholas Garrigan (James McAvoy) é um elegante médico escocês, que deixou recentemente a faculdade. Ele parte para Uganda em busca de aventura, romance e alegria, por poder ajudar um país que precisa muito de suas habilidades médicas. Após um acidente bizarro Nicholas conhece o líder recém-empossado do país Idi Amin (Forest Whitaker), e este fica obcecado com a cultura e a história da Escócia. Amin se afeiçoa a Nicholas e lhe oferece a oportunidade de ser seu médico particular. Ele aceita a oferta, o que faz com que passe a frequentar o círculo interno de um dos mais terríveis ditadores da África.

Um Ato de Liberdade



1941. Tuvia (Daniel Craig), Zus (Liev Schreiber) e Asael (Jamie Bell) são irmãos que, ao fugir da perseguição nazista aos judeus, se escondem em uma floresta que conhecem desde a infância. De início eles apenas pensam em sobreviver, mas à medida que seus atos de bravura se espalham diversas pessoas passam a procurá-los, em busca de liberdade. Mais uma das histórias paralelas que cercam a 2º guerra mundial, e exibe os improváveis heróis que surgiram para conter o nazismo.

Os suspeitos

Os suspeitos: mistério e vingança.

Boston, Estados Unidos. Keller Dover (Hugh Jackman) leva uma vida feliz ao lado da esposa Grace (Maria Bello) e os filhos Ralph (Dylan Minnette) e Anna (Erin Gerasimovich). Um dia, a família visita a casa de Franklin (Terrence Howard) e Nancy Birch (Viola Davis), seus grandes amigos. Sem que eles percebam, a pequena Anna e Joy (Kyla Drew Simmons), filha dos Birch, desaparecem. Desesperadas, as famílias apelam à polícia e logo o caso cai nas mãos do detetive Loki (Jake Gyllenhaal). 

Sicario

Sicario: barril de pólvora

A CIA está preparando uma audaciosa operação para deter o grande líder de um cartel de drogas mexicano. Kate Macy (Emily Blunt), policial do FBI, decide participar da ação, mas logo descobre que terá de testar todos os seus limites morais e éticos nesta missão. Filmaço com um elenco de peso onde a tensão predomina. Benicio del Toro num papel visceral, que bota medo em qualquer um.

O Livro de Eli

O Livro de Eli: andarilho salvador

Em um futuro não muito distante, Eli (Denzel Washington) é um homem solitário, que percorre a América do Norte devastada. Seu principal objetivo é proteger a esperança da humanidade, a qual guarda consigo há 30 anos, sendo que para tanto faz o que for preciso para sobreviver. O único que compreende seu intento é Carnegie (Gary Oldman), o autoproclamado déspota de uma cidade repleta de ladrões. Só que Carnegie está disposto a impedir sua cruzada, para recuperar Solara e também conseguir o valioso objeto que Eli protege.

Tudo por justiça

Tudo por justiça: em busca da rendenção


Russell Baze (Christian Bale) trabalha em uma usina e mora com o pai (Bingo O. Malley), que enfrenta sérios problemas de saúde, e o irmão mais novo, Rodney (Casey Affleck), que lutou na Guerra do Iraque. Um dia, Russell se envolve em um acidente de carro o que faz com que seja preso. Ao sair ele retoma a vida de antes, trabalhando novamente na usina. Entretanto, Rodney se recusa a levar a mesma vida do irmão e do pai. Mais uma atuação marcante de Casey Affleck, que atualmente concorre ao oscar por Manchest à Beira Mar.

Colateral

Colateral: emprego perigoso.


Max (Jamie Foxx) trabalha como motorista de táxi há 12 anos, já tendo levado os mais diversos passageiros a todos os locais de Los Angeles. Porém, em uma noite aparentemente tranquila, ele encontra Vincent (Tom Cruise), um homem que pega o táxi como se fosse um passageiro qualquer. Porém Vincent é um assassino de aluguel, que está na cidade para completar o plano de um cartel do narcotráfico, que está prestes a ser condenado por um júri federal. 

Watchmen - O filme

Watchmen: heróis de verdade.
  
Watchmen se passa nos EUA de um 1985 alternativo, no qual super-heróis uniformizados fazem parte do cotidiano. Quando um de seus ex-parceiros é assassinado, o frustrado, mas não menos decidido vigilante mascarado Rorschach decide desvendar o plano para matar e desacreditar todos os super-heróis do passado e do presente. Esqueça os filmes atuais da Marvel e DC Comics, pois este é um filme para adultos. Violência, sexo e muita quebradeira, e para completar um roteiro perfeito. Um dos melhores filmes de super-heróis que já assistir.