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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Julieta / A Garota no Trem - Mulheres em alta

Desta vez vou falar de dois filmes que assisti recentemente: o primeiro em casa, Julieta, e o segundo no cinema, A Garota no Trem. Me chamou a atenção que em ambos as protagonistas são mulheres e o elenco de apoio idem, e todas exercendo papeis marcantes nas tramas.

Julieta, a história de uma mulher

Disponível em: PlayStation.StoreLooke e NOW
Julieta é o mais novo trabalho de Pedro Almodóvar, cineasta espanhol no qual sou fã. Para citar os seus grandes trabalhos temos: MatadorFale com ElaCarne TrêmulaA Pele que Habito e Tudo Sobre Minha mãe, quase todos com as mulheres em evidência, a sua marca registrada.

Este último pode não ser um dos seus melhores, mas não deixa de ser uma obra diferenciada e charmosa. A música flertando com thrillers de suspense, as cores, as locações, tudo é milimetricamente encaixado. A vida de Julieta (Emma Suárez e Adriana Ugarte) é mostrada em dois momentos, quando ela era mais jovem e depois com meia idade. O filme inicia com uma mulher interrompendo planos com o namorado após um encontro fortuito na rua com Beatriz, amiga da sua filha. Num piscar de olhos somos levados para seu passado, a fim de explicar a origem de toda trama. Presente e passado se intercalam em uma natural harmonia que parece que somos transportados para cada tempo. Almodóvar foge do habitual e do obvio quando move o filme por caminhos menos tradicionais, fugindo dos clichês. Um filme para se contemplar nos detalhes, porque são neles que muitas coisas são explicadas. Apesar de ser uma obra que não figurará nos seus melhores trabalhos, não deixa de ser um belíssimo filme e reafirma o seu talento na condução de sentimentos femininos. 

Emily Blunt - a procura da felicidade
Disponível em: cinemas

Ainda em cartaz no cinema está A Garota no Trem. Confesso que fiquei bem interessado nesta trama que se baseia no livro sucesso de mesmo nome escrito por Paula Hawkins. Além de contar com a inglesa do momento, Emily Blunt, que está no imperdível Sicário

Emily é Rachel, alcoólatra e deprimida que sofre de um divórcio recente. Todos os dias ela viaja de trem e fica fantasiando sobre a vida de um jovem casal que ela vigia pela janela. Porém, certo dia algo de anormal é presenciado por Rachel e daí então realidade e delírio se confundem em uma trama policial. O filme percorre o ponto de vista de três mulheres Rachel (Emily Blunt), Megan (Haley Bennett), uma recém-casada que mora ao lado da ferrovia e por fim temos Anna (Rebecca Ferguson). Todas de alguma forma estão ligadas e carregam um fardo do passado. A condução é liderada por Emily Blunt, que dá um ar realista ao sofrimento e alcoolismo de Rachel, mostrando todas as fraquezas que uma pessoa passa ao conviver com esses problemas. Achei o uso de flashbacks excessivos e senti também a falta de uma direção mais firme no suspense. Contudo, vale sim o ingresso e o programa, para tentar desvendar o mistério e se contemplar com o elenco feminino que decola, deixando os homens como meros coadjuvantes.  

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