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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O "cara" do cinema argentino - Ricardo Darín

Após assistir a mais um filme Argentino estrelado por Ricardo Darín (A Aura), resolvi escrever sobre esse ator que se confunde com o próprio cinema porteño. Se a Argentina já celebrou o cantor de tango Carlos Gardel, o jogador Maradona e Evita Peron, porque não incluí-lo nesta lista? Bem, apesar de outros ótimos filmes argentinos (Plata queimada, O abraço partido, Medianeras,,...) surgirem, Ricardo Darín está presente em muitos e recebe uma divulgação melhor, além de não deixar a qualidade cair em quase todos. A partir de bons roteiros retirados de situações por vezes cotidiana, são extraídas boas histórias. São inúmeros filmes, e aqui vou citar somente alguns da minha lista que assisti que vai servir de aperitivo para mais outros que podem ser descobertos.


A Aura


Triller psicológico que conta a história de Esteban Espinosa (Ricardo Darín), taxidermista meticuloso que passa os dias isolado em sua oficina. Por trás da sua vida pacata, Espinosa tem um grande sonho de poder planeja e praticar o crime perfeito. Em uma viagem junto com seu amigo à Patagônia, com o objetivo de caçar, acidentalmente Espinosa se envolve em um crime. A partir daí uma troca de identidade e a possibilidade de realizar seu desejo se torna possível, mas com isso ele flerta com o perigo iminente ao se envolver cada vez mais com as pessoas erradas. O ritmo por vezes lento com poucos diálogos não deixa de prender a atenção, vale a pena.

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Nove Rainhas


Um dos primeiros dos seus filmes a fazer sucesso fora da Argentina e também o primeiro que vi deste ator. Recebeu uma versão americana chamada de 171, mas esqueçam, vejam o original. Marcos (Ricardo Darín) e Juan (Gastón Pauls) são dois picaretas que estão prestes a dar o golpe de suas vidas. Resolvem se unir para participar de uma negociação milionária, envolvendo uma série de selos conhecidos como "Nove Rainhas". Um milionário espanhol está interessado em comprar a série, mas como deixará a cidade ao amanhecer o negócio precisa ser realizado imediatamente. Imprevisível e divertido, uma grande surpresa.


Sétimo


Este suspense não é unanimidade no currículo de Darín, mas com sua curta duração e um clima de mistério deve angariar adeptos. Todos os dias, Sebastián (Ricardo Darín) e seus dois filhos, Luna (Charo Dolz Doval) e Luca (Abel Dolz Doval) fazem a mesma brincadeira. Eles apostam quem vai do sétimo andar ao térreo de forma mais rápida: o pai, no elevador, ou as crianças, de escada. Sebastián sempre ganha o jogo, mas quando, um dia, seus filhos desaparecem durante a "corrida", sem deixar pistas, ele não vai medir esforços para recuperá-los.

O Segredo dos Seus Olhos


Este sim "o filme" de Darín e do cinema contemporâneo argentino. Oscar de melhor filme em 2010, um filmaço, que também teve recentemente uma versão americana estrelada por Julia Roberts. Vou dizer aqui com toda franqueza: não assistam a versão americana primeiro, isso não é discurso de crítico, mas sim, a oportunidade de curtir a melhor versão sem saber o final. Como de costume vou ser lacônico para não dizer muito sobre o filme e estragar surpresas. Ricardo Darín é Benjamim aposentado recentemente do cargo de oficial de justiça de um tribunal penal. Ele agora se dedica a escrever um livro. Benjamin usa sua experiência para contar uma história trágica, a qual foi testemunha em 1974. Na época o Departamento de Justiça onde trabalhava foi designado para investigar o estupro e consequente assassinato de uma bela jovem. É desta forma que Benjamin conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da falecida, a quem promete ajudar a encontrar o culpado. Para tanto ele conta com a ajuda de Pablo Sandoval (Guillermo Francella), seu grande amigo, e com Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), sua chefe imediata, por quem nutre uma paixão secreta. Como "O Paciente Inglês", duas ótimas histórias em paralelas ligadas a mesma trama, não percam!

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Tese Sobre um Homicídio


Tem para todos os gostos: neste aqui, um filme policial num cenário acadêmico, com um professor de Direito Criminal investigando. Roberto Bermudez (Ricardo Darín) é um especialista em Direito Criminal que ministra um curso bastante reconhecido. Uma nova turma está prestes a iniciar as aulas e entre os alunos está Gonzalo (Alberto Ammann), filho de um velho conhecido do professor. Gonzalo trata Roberto como um verdadeiro ídolo, o que incomoda o mestre. Já com as aulas em pleno andamento, um brutal assassinato ocorre perto da universidade. Roberto logo demonstra interesse no caso e, ao investigar os detalhes, passa a crer que um dos seus alunos seja o autor do crime e esteja desafiando-o a um jogo de inteligência.

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Um Conto Chinês



O escritor russo Leon Tolstói citou “Não há grandeza quando não há simplicidade.” Pois é esta palavra que tiramos deste singelo filme: simplicidade. Roberto  (Ricardo Darín) é um argentino recluso e mau humorado. Ele leva a vida cuidando de uma pequena loja e tem o hobbie de colecionar notícias incomuns. A comodidade de sua vida é interrompida quando ele encontra um chinês (Ignacio Huang) que não fala uma palavra de espanhol. O imigrante acabara de ser assaltado e não tem lugar para ficar em Buenos Aires. Inicialmente relutante, Roberto acaba deixando o asiático viver com ele e aos poucos uma amizade improvável vai se construindo. Um filme leve e agradável de assistir que mostra que na simplicidade da vida deixamos passar bem na nossa frente grandes momentos.

Elefante Branco



O padre Julián (Ricardo Darín) e o padre Nicolás (Jérémie Renier) trabalham ajudando os menos favorecidos na favela de Villa Virgen, periferia de Buenos Aires. O local é um antro de violência e miséria. A polícia corrupta e os próprios sacerdotes da Igreja nada fazem para mudar essa realidade e os dois clérigos terão de por suas próprias vidas em risco para continuar do lado dos mais pobres. Retrata a miséria argentina, por vezes cenários e situações bem parecidas das que encontramos aqui no Brasil.

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