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domingo, 31 de julho de 2016

Ex machina - Ficção científica muito acima da média

Ex Machina: Instinto artificial 

Vamos lá, mais uma ficção científica. Desculpem a repetição do gênero, mas não poderia deixar de indicar este filme diferenciado e um dos melhores de 2015. Diferente dos outros filmes que se auto intitulam ficção, e na verdade são filmes de ação recheados de efeitos, este atinge o gênero na sua essência, explorando os conceitos, as ideias e as possibilidades. 

Jovem talentoso programado de computadores é selecionado pelo CEO da sua empresa para passar uma semana com ele realizando testes com sua mais nova e confidencial invenção. O presidente da empresa Nathan (Oscar Issac) vive recluso em uma moderna casa no meio de uma floresta, Quando Caleb (Domhall Gleeson) chega, descobre que Nathan está envolvido em um grande experimento de IA(Inteligência Artificial) e deseja que ele realize o teste de Turing com sua máquina. O teste de Turing testa a capacidade de uma máquina exibir comportamento parecido ao de um ser humano. O teste é realizado em sessões de conversas entre Caleb e uma robô. Se a máquina conseguir convencer que seu comportamento é bastante similar ao de um ser humano, ou se este não conseguir perceber que está diante de uma máquina programada, diz-se que a máquina passou no teste e que ela possui um pensamento próprio. O fato de Nathan ser bilionário e ter usado os dados gravados de milhares de usuários da Internet para entender o comportamento humano, e usar este grande banco de dados de comportamento na criação da Inteligência Artificial, lembra o Google Mark Zuckerberg (Facebook ). Ava (Alicia Vikander) exprime tanta sensualidade e vivacidade a personagem que deixa a plateia imersa e participando junto no teste. O filme exige bastante atenção para não perder os detalhes e assim não se tornar um filme mais simples, pois não é. 

Em termos de fotografia é um assunto à parte: um deleite visual que parece um comercial da Apple, Mas, na minha opinião os diálogos surpreendentemente interessantes são a principal característica do filme. Os dois protagonistas são inteligentíssimos e discutem em meio as suas diferenças (Nathan faz o sujeito mais cool, gosta de malhar e beber, já Caleb tem o perfil mais inocente e nerd), assuntos que vão desde a sexualidade ser parte inerente do ser humano, e portanto, necessária para que um androide alcance tal nível de inteligência a questões científicas, literárias e morais.

Por todos esses aspectos, Ex Machina é um filme que não pode deixar de ser visto para quem gosta de sair da zona de conforto dos filmes comuns, pois prende a atenção e deixa margem para reflexão, até a próxima!
Blade Runner, clássico do gênero

Como de costume, gosto de relacionar os filmes comentados com outros que tratam de assuntos semelhantes. Neste caso fazendo um rápido apanhando pensei em Blade Runner e Ela. No primeiro, filme de Ridley Scoptt, baseado em livro de Philip K Dick, a ideia era tentar identificar um andróide disfarçado de homem comum. Já em Ela, Theodore (Joaquim Phonix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Mas, para sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa. Esta história incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia.
Ela, tecnologia e solidão



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