Confesso que após ver o trailer de "Jogador Nº 1", novo
filme do diretor Steven Spielberg. não me animei tanto. Achei muito poluído
visualmente, uma forçação de barra nas referências pop e um certo exagero na
nostalgia, que não gosto. No final da sessão, porém, a impressão foi outra...
Adeus mundo real |
É muito bom presenciarmos o
retorno em grande estilo de Spielberg, que na verdade nunca parou, fez até
recentemente "O Bom Amigo Gigante". Mas faltava aquela aventura
agradável que traz de volta a fantasia e a emoção genuína que fizeram sua marca
registrada em grandes sucessos infanto-juvenis que marcaram época, como:
Indiana Jones, E.T., e outros. Várias referências pop de filmes e personagens
diversos são mostradas, não encaixadas de qualquer forma, mas inseridas tão
naturalmente que em certos momentos nem nos chama tanto a atenção. Além disso,
o diretor mostra que está bem atualizado ao visitar o universo dos jogos e da
sociedade online que existe atualmente.
O filme é baseado no livro
homônimo que mostra um mundo distópico em 2045 onde quase todos passam o seu
tempo no OASIS: jogo online de realidade virtual que serve de escapismo para um
mundo sem empregos e decadente. Este universo virtual foi criado por James
Halliday que deixou um desafio no jogo e como prêmio, além de muito dinheiro, o
controle total do OASIS. Fã do criador, surge o jovem órfão Wade Watts
(Tye Sheridan, de “X-Men: Apocalipse”), que como praticamente todos buscam o
sonho de conquistar o OASIS. Com a ajuda de alguns amigos ele busca a solução
para o grande quebra-cabeça idealizado por Halliday, numa tremenda caça ao
tesouro.
Tye Sheridan e Olivia Cooker - dubla alinhada |
Apesar de utilizar muitos
efeitos visuais, principalmente quando os atores reais utilizam os seus
avatares no jogo, isso não se torna problema, e a boa mescla de entre os dois
mundos (real e virtual) dá ritmo ao filme. A duas horas e vinte minutos quase
não são percebidas e até o final o roteiro se sustenta.
Por fim, Spielberg retorna com
seu universo juvenil, numa combinação do novo com o nostálgico, do real com o
virtual e um final simples e genial, uma grande receita para o sucesso nas
telonas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário