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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Decisão de Risco x Máxima precisão - Filmes parecidos

Não é de hoje que nos deparamos com filmes bem similares, vide Impacto Profundo x Armageddon, Planeta Vermelho x Missão: Marte, Ed tv x O show de Truman e O inferno de Dante x Volcano: a fúria, dentre outros . Geralmente surgem em um ínterim curto. As últimas clonagens que assistir foram "Decisão de Risco" e "Máxima precisão", filmes de 2016 e 2015, respectivamente. Em "Decisão de Risco" Helen Mirren é a Coronel Powell que comanda uma operação, através de drones, para capturar dois britânicos que integram uma célula do grupo terrorista Somália, Al-Shabaab, existente naquele país da África Oriental. A operação envolve pessoas distantes geograficamente, como o piloto Watts (Aaron Paul) em um contêiner em Las Vegas, o general Frank Berson (Alan Rickman) que está em um escritório em Londres, além de Power que está em uma espécie de Bunker militar. Como se não bastasse o seu alvo está a milhares de quilômetros, na Somália. Mas, do decorrer da missão, surge uma decisão a ser tomada durante o ataque que envolve um possível risco de atingir civis. Diplomacia, emoção e razão são confrontadas gerando um suspense que corre até o final do filme.




Decisão de Risco - Helen Mirrem com autoridade

O segundo, "Máxima precisão", um drama eficiente estrelado por Ethan Hawke. Neste o major Tommy (Hawke) é um oficial da Força Aérea americana encarregado de dirigir ataques aéreos na guerra do Afeganistão. Tommy, que se sente frustrado em não pilotar mais aviões, tem que se contentar em ficar em uma sala controlando drones remotamente sem questionar ordens. Apesar de exercer uma profissão tensa que lida com vidas, o ex piloto tenta levar uma vida normal com sua esposa e filhos, após cumprir seu expediente. Mas, quando ele começa a entrar em conflito interno por causa das suas ações oriundas de decisões duvidosas, a sua vida familiar começa a desmoronar.

Máxima Precisão - Guerra em escritório

Gostei de todos os dois filmes e eles igualmente levantam questões polêmicas e morais sobre como a guerra é conduzida nos dias hoje. Uma guerra diferente onde as ações partem de pequenas salas climatizadas bem longe dos seus alvos. Ao invés de pilotos altamente treinados, entram em cena profissionais com bem menos experiência que através de joystick controlam seus "aviõezinhos", como se fosse um vídeo game. Mas aí é que entra o debate, pois daquelas ações frias executadas com simples movimentos vidas são dilaceradas como um alvo qualquer. Num ambiente altamente vigiados as ações são transmitidas ao vivo em telas grandes de alta definição. Em um momento de suplício querendo voltar para a ação pilotando um avião de verdade, Tommy diz ao seu superior que o maior risco que ele corre é poder ter uma lesão na mão por repetição de movimento ou sofrer um acidente automobilístico na autoestrada que o leva a seu trabalho.

É notório que cada vez mais os países desenvolvidos evitam mandar tropas para ações terrestres ou aéreas em áreas de conflitos, e se utilizam da tecnologia para se esquivar dos riscos. Além disso, tem o clamor da população que já não aguentava mais receber caixões com jovens soldados retornando, como o que aconteceu com os soldados americanos no Iraque e Afeganistão. Não se trata de ficção, é a realidade atual, e retratada em bons filmes que levantam a polêmica, mas, no final, quem decide de que lado quer ficar é o próprio espectador, bom filme!



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